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Estar com os pais e com a mesma rotina após certa idade, muitas vezes não é aceito pela sociedade, acreditando que essa pessoa não é feliz. Talvez isso aconteça, pois confundem dependência e independência. Afinal, qual é a diferença?

Quando se fala de independência, logo as pessoas associam felicidade com estar livre e assim, estar com muitas pessoas. Já quando se fala de dependência, as pessoas já associam infelicidade com a certeza que a pessoa não é livre o suficiente.

Nesse sentido, percebe-se um aumento de pessoas que se importam mais em quererem ser iguais as outras, valorizando mais as comparações do que suas próprias individualidades.

Com isso, essas associações podem ser uma dependência desses paradigmas. Isto é, quando a pessoa tem essa grande preocupação em ser livre para ser aceito, ela pode ser mais dependente das outras. Por sua vez, a pessoa que socialmente é considerada dependente, pode ser mais independente por ter suas próprias escolhas, valores e critérios de liberdade e amizades.

Por isso, cabe cada pessoa se conscientizar em aceitar o outro com mais tolerância, sensibilidade, empatia e companheirismo, aprendendo a compreender as necessidades e os questionamentos de cada um. Isto é, ninguém sabe o que o outro passa com as suas experiências e, por isso, não é valido julgar a pessoa sem antes ouvi-la.

Então, dependência e independência são assuntos polêmicos e reflexivos, pois ser independente pode ser dependente, conforme a maneira que a pessoa lida com a situação envolvida. O importante é formarmos e educarmos pessoas reflexivas e independentes de suas escolhas, prazeres e atitudes, lembrando sempre das responsabilidades e dos compromissos como pais, filhos e educadores.

Enfim, a famosa frase “É impossível ser feliz sozinho” mostra que ser feliz é estar com os outros. Mas será que para a pessoa estar com outra sem ter suas próprias individualidades, não é a mesma situação de estar sozinha?


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